Quando a igreja tem tudo. Menos o amor!
Colunistas
Publicado em 10/05/2019
(Foto: Pixabay)
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Teoricamente, igreja deveria ser o lugar onde nós devemos ser mais amados. Certo? O lugar onde você deveria ser mais aceito, mais compreendido, mais percebido?

A igreja não deveria ser apenas o lugar onde se conta a história de Deus, mas onde essa história acontece. Onde Deus é percebido através do afeto, da compreensão, da empatia, da entrega, do compromisso, do cuidado, onde não apenas fazem parte frequentadores, mas irmão de fato! Cuidando e sendo cuidado, uns pelos outros.

A maioria dos seguidores de Cristo confessam que a igreja não é um edifício. Mas as pessoas que Deus redimiu através do seu Amor. Isso soa bonito. Mas a teoria na prática é bem diferente. Pois a igreja vive maravilhada com o que Jesus fez, mas não abre mão de suas prioridades para ser quem Jesus era!

A igreja ajuda as pessoas a serem muitas coisas. Isso é fato! Hoje em dia ela está infestada de técnicas de coaching, de psicologia, de sociologia, de filosofia, de triunfalismo, de parapsicologia e até de espiritualismo. Mas pouco foco no alvo principal de Cristo. O Amor!

A igreja prega o poder da realização, mas não se compromete em abrir mão de sua grandeza para fazer crescer os pequeninos. Quanto maiores as igrejas, menos relacionamentos autênticos e genuínos. As vezes no conceito parece até uma igreja legal, da moda, bacana, digamos até contemporânea, mas realmente ela está envolvida com as pessoas, ou apenas é uma plataforma de crescimento de métodos e estrutura financeira. Por isso para muitos a igreja não passa de um clube social.

O evangelho é uma fonte de cura, amor, confiança, amizade e reconciliação em um mundo de injustiça, dor e quebrantamento. A igreja deveria ser a agência que promove isso, não o contrário.

A igreja não é uma biblioteca de conhecimento, não é um encontro de iguais, não é uma plataforma de autopromoção, não é o desenvolvimento financeiro de uma pessoa. A igreja é uma casa. Onde mora uma família, que procura o bem comum, ajudando os mais fracos, ajudando-os a crescer, para desenvolver, descobrir sua beleza e descobrir o significado de suas vidas.

Ser confrontado com fraqueza e fracasso não é para os fracos de coração. Temos que escolher cooperar com o trabalho do Espírito, permanecendo nos lugares e relacionamentos difíceis. Mas quando reconhecemos, aceitamos e depois integramos nossas próprias fraquezas, vulnerabilidades e quebrantamento em nossas vidas, Deus traz a cura. É aqui que encontramos Jesus, pois é somente quando acolhemos nossa própria fraqueza, necessidade, pobreza e insuficiência que podemos recebê-lo. Então, ao nos encontrarmos com Jesus, nos tornamos agentes de cura para aqueles que nos rodeiam.

Quem sabe, talvez pudéssemos voltar a esta igreja? Ela nem precisa te dar tudo…basta apenas o amor!

Por Bruno dos Santos, Teólogo, Escritor, Lifecoaching e Palestrante nas áreas de Espiritualidade, Liderança e Autogestão.

Fonte: https://guiame.com.br/colunistas/bruno-dos-santos/quando-igreja-tem-tudo-menos-o-amor.html

 

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